quinta-feira, 28 de abril de 2011

Requião: sofremos bullying nas mãos da mídia irresponsável

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, na terça-feira (26), que o desentendimento que teve com um repórter de rádio foi uma reação à tentativa do jornalista de acuá-lo com perguntas agressivas, em torno da pensão para ex-governadores.

O senador ressaltou que o repórter tentou lhe aplicar uma “armadilha” com “perguntas encomendadas”.

Irritado, o senador e ex-governador do Paraná retirou o gravador das mãos do repórter e devolveu-o mais tarde, sem o chip. Mas o senador fez questão de postar a íntegra da gravação em seu microblog para demonstrar o abuso de que foi vítima.

“Acho que é um momento correto para resolvermos esse problema e acabarmos com o abuso, com esse verdadeiro bullying que sofremos, nós, os brasileiros, parlamentares ou não, nas mãos de uma imprensa, muitas vezes, absolutamente provocadora e irresponsável”, frisou em discurso na tribuna.

Requião assinalou que a imprensa se acostumou a “plantar ruídos que se afastam completamente da verdadeira natureza dos fatos”. Sobre a retirada do gravador, disse que “há momentos em que a indignação é uma virtude”, observando que ficou com o aparelho para evitar que sua entrevista fosse editada de forma a “desmoralizar um parlamentar sério”.

No pronunciamento, o senador lembrou que antes de receber a aposentadoria como ex-governador do Paraná, era o único sem ter direito ao benefício. “Todos recebem, a única exceção chamava-se Roberto Requião. Como vim ao Senado, abri mão dela por 16 anos. Quando saí do governo, cheguei à situação em que tinha dificuldade de receita pessoal para os gastos familiares comuns”, observou.

Ele informou que reapresentou à Mesa Diretora do Senado um projeto de lei que dispõe sobre o direito de resposta ou ratificação do ofendido por matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação. “A falta de um instrumento como esse tem me deixado, e a tantos brasileiros, impossibilitado de defesa quando vítima de informações não verdadeiras”, destacou.
HP

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