quarta-feira, 27 de abril de 2011

Gangs provocam mortes ao atacar policiais durante ato ao sul da Síria

Em Daraa, onze pessoas morreram, inclusive cinco policiais, após ataque de provocadores a manifestação


Manifestação na cidade síria de Daraa – realizada no dia 22 – foi atacada por gangs terroristas o que, segundo correspondente local da TV Telesul, provocou a morte de 11 pessoas. “A jornada de sexta-feira teve manifestações pequenas em diferentes localidades, a maior delas foi a de Deraa onde entre mil e mil e quinhentas pessoas entoaram palavras de ordem de apoio à Pátria e contra o presidente”, afirma o correspondente da Telesul, Hisham Wanous.

Ele afirma que “em nenhum momento a polícia abriu fogo ou lançou bombas de gás lacrimogêneo, houve apenas incidentes quando grupos armados atiraram contra os cidadãos e os agentes da segurança e do Exército”.

Como resultado disso, segundo ainda Wanous, “morreram 11 pessoas – entre eles cinco agentes de segurança”, como resultado do tiroteio que deixou também 40 feridos. A agência de notícias síria SANA informou que 2 policiais morreram nas cidades de Homs e Al Muadamya.

A mídia pró-imperial falou em mais de 80 mortos neste mesmo dia, todos “manifestantes”, sendo que as “informações” provêm de “ativistas”. No entanto até a BBC declarou que são “informações difíceis de serem verificadas”.

Aliás, o diretor da sucursal da rede de TV Al Jazeera em Beirute, Ghassan Bem Jeddo, apresentou sua renúncia por conta da “campanha de difamação contra a Síria” (ver matéria abaixo).

A TV Síria desmascarou as alegações da suposta repressão aos protestos na Síria. Além de mostrar dois terroristas presos que confessaram seus planos de atacar estações de polícia no país, manifestações que transcorreram de forma pacífica e funerais de membros das forças de segurança e de cidadãos cujos amigos e familiares levavam ao lado do caixão fotos do falecido e do presidente Bashar Al Assad.

A TV mostrou também um vídeo originalmente divulgado pela webTV dos “opositores” a Shams SNN e reproduzido pela Al Jazeera e fotos do mesmo vídeo postadas pela France Press. Neste vídeo vê-se dezenas de pessoas – várias delas algemadas – sendo reprimidas por homens e crianças fardados. 

A TV Síria destacou  um dos repressores cuja farda não tem nada de similar com a dos corpos de segurança sírios e os pré-adolescentes que participam da agressão “que também inexistem no aparato sírio de segurança”.

Segundo a TV Síria, as denúncias também não procedem por que a atrocidade aparece sendo levada a cabo em uma grande praça na cidade de Al Bayda – que “é uma pequena cidade rural onde não há uma praça daquelas dimensões com prédios grandes em torno”.

A agência de notícias da Síria informou o nome de sete policiais e soldados cujos corpos foram levados de suas unidades até os cemitérios acompanhados de inúmeros populares que entoavam palavras de ordem pela unidade nacional. Os agentes da segurança mortos são Ibrahim Ibrahim, Imad Ali, Issa Dardar, Hazem al-Ali, Nihad Dayoub, Nidal Habib al-Hoshi, Kamal Nasour e Basil Ali.

O tio de um dos civis mortos nos distúrbios provocados pelos terroristas, Abdulmoin, relatou à SANA que o funeral de seu sobrinho, no domingo, foi invadido por um grupo de pessoas que durante alguns minutos infiltraram-se no cotejo, na cidade de Jubar, gritando palavras de ordem contra o governo e que foram filmados. “Quero deixar claro que aquelas palavras de ordem não têm relação com os presentes no féretro nós oferecemos seu martírio em prol do país”, declarou Abdulmoin.
HP

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