domingo, 20 de março de 2011

Simon: voto facultativo seria um foco de corrupção

O senador Pedro Simon (PMDB/RS) afirmou que espera, como resultado da reforma política em discussão no Congresso, que o voto obrigatório seja mantido no país. “Sou absolutamente contra o voto facultativo e sou a favor de ficar o voto obrigatório”, declarou, em entrevista à Agência Senado. “Qual o mal do voto obrigatório? O que se perde?”, indagou o senador gaúcho.

Para Simon, o voto “é um direito, mas também uma obrigação”. “Fico até com medo se o voto for facultativo. A máquina daqueles que têm dinheiro vai ser acionada para levar eleitores para votar. Vamos ter um fato novo: especialmente em eleições municipais, vai haver uma máquina de corrupção, ônibus para levar o cidadão para votar”, advertiu.

 O senador lembrou que, nos países centrais, “dizem que o voto é um direito, não uma obrigação. Então debaixo dessa tese de que o voto é um direito, não uma obrigação, deve ser facultativo. Mas, nesses países, verificamos que menos da metade do eleitorado vota”. “Não vejo qual a vantagem do voto ser facultativo. Mas o voto obrigatório determina um compromisso de milhões de eleitores”, disse.

“Em um país como o Brasil, que tem tanta miséria, que tem tanta fome, que tem tantos problemas, que o Estado precisa agir de tantas formas na educação, na saúde, na cultura, na segurança, na fome, na miséria, o voto deve ser obrigatório”, ressaltou.

A Comissão da Reforma Política no Senado aprovou, na terça-feira (15), as primeiras propostas de novas regras para a eleição de senadores, que passarão a valer a partir de 2014. Se elas forem aprovadas pelo Congresso, os senadores terão apenas um suplente, que substitui temporariamente o titular, mas não o sucede, em caso de vacância da cadeira. Nesse caso, o sucessor será escolhido por nova eleição, que ocorrerá no pleito seguinte.

Os senadores aprovaram ainda sugestão de mudança da data de posse dos executivos estaduais e federal, que ficaram indicadas para ocorrer em 10 de janeiro para governadores e 20 de janeiro para presidente da República.
HP

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