domingo, 20 de março de 2011

Senador tucano propagandeia Internet da Globo contra a Telebras no Senado

Seria o "Coronel Tutchenko", personagem da propaganda da NET? 
Não! É o senador demo-tucano de SP.

O senador demo-tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP) subiu no Plenário para atacar o Plano Nacional de Banda Larga, e defender o lobby das empresas privadas.

O demo-tucano soltou essa pérola de mistura de lobby com propaganda, e visão restrita da realidade da elite paulistana: Disse que há pacotes da empresa "A" por R$ 29,80 e inventou que é com o dobro da velocidade básica sugerida pelo governo no Plano Nacional de Banda Larga (quando na verdade é igual).

A empresa "A" que o demo-tucano disse que não faria propaganda (fazendo subliminarmente ao anunciar sua promoção), é a NET (operadora de TV a cabo e banda-larga das Organizações Globo em sociedade com o bilionário Carlos Slim da Telmex), já que a outra alternativa (a Telefônica) tem uma promoção de 1Mb neste valor que só dura 3 meses, depois da qual o preço sobe para R$ 54,90.

Seu plano de R$ 29,80 só vale para os estados de SP e Paraná, nas poucas cidades que a empresa atua. Chama-se "Internet Popular" e malandramente exige fidelidade de 12 meses.

Só passou a ser oferecido agora, depois que o governo federal anunciou o PNBL e a Telebras anunciou a intenção de oferecer os mesmos 512K deste plano por este preço de R$ 29,00 sem ICMS, se os estados concordassem.

Ou seja, a NET já aderiu informalmente à política do PNBL em sua área de atuação, graças a ação do governo federal indicando que entraria fazendo concorrência, se as empresas não oferecessem preços acessíveis à baixa renda.

Outro erro do demo-tucano é a visão de um paulistano da elite, que não conhece sequer a realidade do povo de seu estado.

A referida empresa oferece serviços a apenas 93 cidades do Brasil (em geral, as cidades com bolsões de riqueza).

Mesmo no Estado de São Paulo, onde o senador representa, atende apenas 48 do 645 municípios.

O demo-tucano ainda teve a cara-de-pau de "cobrar do governo" uma ajudazinha financeira para as empresas telefônicas privadas levar banda-larga onde elas "não teriam interesse econômico" em operar.

Ora, quem defendeu a privataria, alegando que o estado não tinha dinheiro, nem eficiência para investir, agora vem pedir as tetas do estado para tubarões da iniciativa privada mamarem?

A senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) fez um aparte restabelecendo a verdade dos fatos, dizendo que o governo garantirá banda larga onde não houver interesse privado, e oferecerá concorrência onde faltar preço acessível e qualidade
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