quarta-feira, 30 de março de 2011

Para Gates, bombardeios com
Tomahawk não matam ninguém

Os mísseis Tomahawk, as bombas ‘inteligentes” e as a GPS explodem, explodem, mas não matam ninguém, segundo o chefe do Pentágono, Robert Gates. Ele asseverou ter “informes de inteligência sobre Kadafi pegando os corpos das pessoas que ele matou e os pondo nos locais que nós bombardeamos”. Ele filosofou ainda que as mortes de civis provocadas pelos bombardeios da coalizão dos EUA “não são significativas”.

Assim, segundo o chefe daqueles rapazes “das colinas de Montezuma às praias de Trípoli” (Hino dos Marines), as 1602 incursões aéreas e ataques com mísseis de cruzeiro dos primeiros dez dias de ataque só fizeram buraco nos “locais que nós bombardeamos”. Os mortos, esses são do Kadafi, que, só para atrapalhar a missão humanitária, fica arrastando cadáveres até lá.

Nem sempre foi assim. Por exemplo, no velho Oeste, índio bom era índio morto. No Vietnã, se um camponês era assassinado pelos invasores dos EUA, automaticamente era tido como um “vietcong” a menos. Chacinas, no Iraque e Afeganistão, viraram “danos colaterais”. Mais colaterais ainda se resultado de ataques com aviões não-tripulados. Se morto na tortura, erro de cálculo.
                                                                                      A.P.

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