domingo, 20 de março de 2011

Mao Tsé-tung, herói da Humanidade


Seus grandes feitos lhe garantiram o amor das pessoas de bem e o ódio dos traidores, lacaios, vagabundos, parasitas e outros marginais


Mao Tsé-tung foi uma das maiores figuras da História da Humanidade. Esta afirmação parece, a alguém de bom senso – e de boa fé – óbvia, independente de concordar ou não com as idéias do revolucionário chinês. A razão é simples: Mao, nascido em um país humilhado e, para ser preciso, esquartejado por sucessivas invasões imperialistas, parasitado pelo feudalismo mais anacrônico e mergulhado em sangue pelo fascismo, foi o líder que levantou um terço da Humanidade, construindo um país independente, levando um país feudal, sob ocupação, até a liberdade e o socialismo. A obra de Mao é a China moderna e a auto-estima de milhões de seres humanos - e não somente chineses, mas multidões que viram na Revolução Chinesa a demonstração de que era possível viver de outra maneira, livres da opressão. Além de dirigente político e comandante militar como poucos houve até hoje, Mao foi o notável teórico, filósofo e poeta que engrandeceu o patrimônio cultural da espécie humana com suas grandes contribuições.

Bestialógico dos Civita

Considerando tudo isso, não será certamente uma surpresa para os nossos leitores – nem para qualquer um que conheça a carreira de crimes da família Civita – que “Veja”, há algumas semanas, tentasse jogar lama sobre quem lhe é incomensuravelmente superior, sobretudo do ponto de vista moral. Também não será surpresa se essa lama for contrabandeada. Afinal, foi para contrabandear lama dos EUA para o Brasil que o primeiro Civita, lá por 1950, foi enviado ao nosso país, usando a trilha de outro testa-de-ferro americano de mesmo sobrenome, que pouco antes havia aportado na Argentina.

Pois a revistinha dos Civita, que apoiou, e, mais do que isso, propagandeou, e continua propagandeando os maiores banhos de sangue da História, perpetrados pela corrupta casta dominante nos EUA, resolveu chamar Mao Tsé-tung de “o maior sanguinário da história”. Isso, a propósito de um livro escrito por uma renegada chinesa e um renegado russo, hoje unidos pelo rancor e vivendo em Londres. Trata-se de um bestialógico tão abissal que, apesar do gigantesco aparato de mídia que foi montado para promovê-lo, nem anti-comunistas notórios conseguiram engoli-lo. Por exemplo, Philip Short, um ex-correspondente da BBC na China, ressaltou que a autora “substitui a história por suas visões”. Nós diríamos “alucinações”, em vez de “visões”, mas para alguém que também é autor de uma biografia reacionária de Mao, está mais do que bom. Já Frank McLynn, escrevendo no “The Independent”, nota que a “sociedade chinesa”, isto é, a China, não existe no livro; que os autores não conhecem os escritos de Mao; que sua versão da Guerra da Coréia é “simplesmente a propaganda feita pelo Pentágono”; e que uma única fonte é apresentada para basear essa versão: as memórias do ator Michael Caine, às quais “é dado o status de sagrada escritura”... Ressalte-se que, quanto à figura de Mao, esse McLynn concorda em número, gênero e grau com o malfadado livro. Apenas, não quer se desmoralizar, promovendo a obra histórica o que é apenas um ataque histérico, ainda que de tamanho descomunal.

Por exemplo, essa parelha acusa Mao de, durante a Longa Marcha, ter empenhado o Exército Popular em “batalhas inúteis”, causando a morte de milhares de combatentes. Ao que parece, ignoram que a Longa Marcha foi uma retirada, ou seja, como toda retirada seu objetivo era evitar batalhas inúteis com o inimigo. E, mais: logo antes da Longa Marcha, Mao havia sido destituído do comando pelo Comitê Central do PCCh, então sob a influência esquerdista de Wang Ming, por se opor ao enfrentamento direto com as hordas de Chiang Kai-shek, imensamente superiores em número e armamento. Foi a derrota do Exército Popular, após a destituição de Mao, que fez com que a direção do PCCh fosse reestruturada e, em seguida, sob o comando de Mao, fosse empreendida a Longa Marcha, que tinha a orientação, exatamente, de evitar o quanto possível o combate com o inimigo, até que o exército chegasse as novas bases.



Timoneiro chinês

Quanto aos demais acontecimentos, vários autores já mostraram a estupidez e a ignorância dos dois renegados. Basta aqui acrescentar que é transbordante no livro a nostalgia daquela China que era o paraíso dos ladrões e parasitas - e um inferno para o povo. Portanto, não é nada extraordinário que seus autores queiram absolver esses parasitas e ladrões, colocando os monstruosos crimes que eles cometeram exatamente sobre o homem que acabou com o seu paraíso.

Mas, por que o Civita, além do seu interesse de sempre – ganhar dinheiro à custa de mentir e de puxar o saco dos americanos – resolveu promover o livro desses dois débeis mentais? O que ele tem contra o grande timoneiro chinês, é evidente: Mao nunca apoiou as chacinas imperiais ianques, nunca apoiou a invasão e submissão de países por hordas celeradas, nunca defendeu os golpes de Estado perpetrados pela CIA, nem muito menos a tortura e o assassinato dos que combatem pela independência e liberdade de seus países. Se Mao o tivesse feito, certamente que “Veja” estaria publicando sobre ele alguma repugnante apologia, chamando-o, como faz com Bush, de “democrata”. Mas, ao contrário, Mao foi um dos maiores combatentes contra tudo isso e, ao comandar a revolução e depois iniciar a construção do socialismo no grande país do Oriente, acabou com a vida mansa dos civitas locais, isto é, dos agentes e lacaios do imperialismo que viviam à custa de esfolar o povo.

O líder Stalin

Porém, amigo leitor, se Mao, segundo a “Veja”, foi “o maior sanguinário da história”, onde foi parar o Stalin? Que falta de respeito é essa pelo grande Stalin? Não que a “Veja” tenha se esquecido dele, pois, diz ela, Stalin foi o “mestre” de Mao, o que, realmente, procede: Stalin foi o mestre de quantos lutaram pela Humanidade no século XX, e continuará sendo, no século XXI. Exatamente por isso é que essa canalha o odeia, a ele e aos seus discípulos. Mas, por que Mao, agora, “superou” o próprio Stalin na lista de difamação do Civita? Obviamente, porque agora o Império está se sentindo ameaçado pela grande criação de Mao, a China, e não pela URSS. O Civita não poderia ficar indiferente a essa angústia dos seus patrões.



No entanto, há algo de mais elementar no ódio dessa canalha a Mao, assim como a Stalin: o lacaio odeia o homem livre, aquele que não se submete. Quer reduzi-lo à sua própria e mesquinha condição. Não consegue entender porque todos não são como ele. Pois, os homens livres são a demonstração inequívoca, irretorquível, inclusive para o próprio lacaio, ainda que não o admita nem para si mesmo, da sua asquerosa sordidez, da sua miserável e minúscula condição. É isso que ele não suporta nos grandes homens: a própria grandeza deles. Por isso, não causa surpresa que o Civita tente desonerar sobre um homem livre, como Mao, o seu contrabando de lixo.

O povo chinês e, particularmente, o seu líder, foram obrigados a sacrifícios imensos – e, acima de tudo, generosos – para conquistar a independência e a liberdade. Desde o surgimento do Partido Comunista da China, do qual Mao foi um dos fundadores, em 1921; à aliança com os patriotas que seguiam Sun Yat-sen; ao massacre de Xangai, em 1927, perpetrado pelo traidor Chiang Kai-shek; ao estabelecimento dos primeiros territórios liberados, no início dos anos 30 – já por iniciativa direta de Mao Tsé-tung; e, naturalmente, à Longa Marcha, feito militar que somente tem um paralelo na História moderna - a Coluna Prestes -, e à luta contra o invasor japonês, milhares e mesmo milhões dos melhores filhos da China deram suas vidas pela liberdade. O que era o povo chinês antes dessa epopéia – no máximo servindo de mão de obra mais do que barata, muitas vezes escrava, para as potências imperialistas -, e o que é o povo chinês hoje, demonstra melhor do que tudo a colossal obra de Mao Tsé-tung e seus companheiros.

Pois são exatamente esses sacrifícios, impostos pelos mais ferozes inimigos, que o povo chinês soube enfrentar e vencer heroicamente, que “Veja”, e os renegados do livro mencionado, atribuem a Mao. Como seria de esperar, sempre mentindo. Se a primeira esposa de Mao foi assassinada pelos bandidos de Chiang Kai-shek, num dos crimes mais torpes da História, os culpados não foram os assassinos, mas o grande Mao, que até o fim da vida lembrou da mulher com o amor que, sem dúvida, ela merecia. Esta, aliás, segundo esses micróbios, é a “prova” de que Mao era um “sociopata”, pois não protegeu a mulher e os filhos, levando-os para uma área dominada pelos comunistas. Em suma, Mao teria, por não importar-se com eles, deixado a esposa e os filhos em território inimigo, onde esses inimigos a assassinaram para vingar-se de supostos “massacres” que os comunistas teriam cometido quando ocupavam esse território.

Yang Kaihui casou com Mao Tsé-tung em 1920. Ela era filha do professor que apresentou Mao às obras marxistas, e os dois eram originários da mesma província, Hunan. O casal teve três filhos, e a esposa era, também, militante do Partido Comunista. Em 1927, quando Chiang Kai-shek traiu a aliança com os comunistas, Mao passou a ser um dos principais alvos, até porque ele não era apenas um dos principais dirigentes do PCCh. Era também dirigente nacional do partido de frente fundado por Sun Yat-sen, o Kuomintang, que Chiang Kai-shek queria transformar numa camarilha de traidores da pátria, assassinando os comunistas que faziam parte dele.



Nessas circunstâncias, Mao foi obrigado, como tantos revolucionários antes e depois dele, a entrar na clandestinidade, saindo de Hunan e passando para a província de Jingganshan. Não havia, nessa época, qualquer área liberada pelos comunistas. As condições eram dificílimas, e era impossível a Mao levar com ele a esposa e os filhos, que ficaram em Hunan – província que jamais foi “ocupada” pelos comunistas, e onde, portanto, jamais houve “massacre” algum por parte deles, até porque isso é coisa de fascistas, e não de comunistas – mas é interessante que o Civita ache que o assassinato sórdido da mulher de Mao possa ser justificado por algo que os comunistas teriam feito, ainda que fantasioso. Assim, expõe apenas a sua natureza, esta, sim, anti-social, ou seja, sociopática.

Mao jamais conseguiu, no turbilhão da guerra, ver outra vez a esposa e os filhos. Yang Kaihui, nessa época e durante três anos, dedicou-se a cuidar de seus filhos. Não exerceu qualquer atividade política. Mas em novembro de 1930, quando a guerrilha, organizada por Mao, havia começado na província de Jingganshan, ela foi presa, junto com um dos filhos – então com cinco anos de idade – e, em seguida, foi decapitada pelos bandidos de Chiang Kai-shek, “simplesmente por ser esposa de Mao”, como diz um autor dos mais reacionários, porém não inteiramente mentiroso.

Para Mao, este e outros episódios de sua vida foram extremamente dolorosos. No entanto, ele soube superá-los, para que todas as mulheres e todos os filhos da China tivessem a vida que a sua mulher e os seus filhos não puderam ter. Nisso reside a sua grandeza. Não é preciso ser comunista para entendê-lo. Basta apenas não ser um degenerado. Um filósofo burguês, Ortega y Gasset, chamou a isto “a grande generosidade”: a de superar as desgraças pessoais pela identificação profunda com os demais seres humanos.

No entanto, o Civita e demais micróbios, não se conformam de que Mao não haja se esmagado, não haja abandonado a luta, tal como queriam os que assassinaram Yang Kai-hui. O que significa que nenhuma diferença moral existe entre aqueles assassinos e o Civita – se diferença existe, é porque o último é pior, pela mentira e pela covardia.

É sintomático que se queira acusar Mao de não ter cuidado da sua família. Que cuidado têm esses vermes com a sua família? O atual capo da familia Civita é uma nulidade que subiu na vida às custas do pai, o velho proxeneta que veio dos EUA, mas sempre disposto a acusar os outros de nepotismo. Criar débeis mentais, realmente, é o que eles chamam de cuidar da família. A relação entre pais e filhos – para não falar naquela entre marido e mulher – é meramente uma questão monetária para esses elementos. Se não servir para locupletar-se, que se dane a família.

É, portanto, natural que os vermes não possam entender as razões e as motivações dos homens. O que somente demonstra a diferença infinita que existe entre uns e outros.
CARLOS LOPES

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