sexta-feira, 25 de março de 2011

CRUZADA SANGRENTA, PARA ROUBAR

EUA, Inglaterra, França e quem mais se juntou nessa nova cruzada sangrenta para pilhar o petróleo árabe dão uma demonstração do grau de putrefação imposto pelos monopólios às suas economias e instituições políticas.
Não existe expressão mais acabada de parasitismo econômico do que o imperialismo.
Não há nada mais antidemocrático e oposto aos direitos humanos do que o governo dos monopólios privados, o poder real - não o de fachada - que transforma presidentes, reis, parlamentos, partidos, eleições, mídia em marionetes mais ou menos conscientes de seus interesses.
A Líbia é um país de 6 milhões de habitantes, que fornece 10% do petróleo consumido pela Europa.
Até ontem, apresentava o maior IDH - Índice de Desenvolvimento Humano medido pelo PNUD da ONU - dos países africanos.
Seu crime foi o de não alienar a soberania e não aceitar que seu petróleo fosse explorado pelas multinacionais nas mesmas condições de superlucratividade que prevalecem na Arábia Saudita, Kuait, Iêmen, Emirados, Catar e no Iraque ocupado.
A acusação de que o governo líbio usava ou planejava usar a aviação para bombardear manifestantes e promover um “banho de sangue” é tão verdadeira quanto a de que o Iraque possuía armas de destruição em massa.
É apenas um sintoma a mais da degeneração de quem crê que arsenais nucleares podem adiar sine die o julgamento dos responsáveis pelos banhos de sangue efetivamente perpetrados.
A mal denominada “oposição líbia” - na verdade, bandos esparsos de mercenários - não tem qualquer expressão interna. E como poderia ter, depois de implorar ao “ocidente” que bombardeasse o seu próprio país?
Tais são os fatos. Por que, então, o governo brasileiro permite que o ministro das Relações Exteriores pregue a saída de Kadafi ao invés de se concentrar na condenação à agressão à Líbia?
Quem tem pré-sal não devia brincar numa hora dessas.
HP


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