sexta-feira, 25 de março de 2011

Agnelli confabula com oposição para tentar sobrevida na Vale

Ante a discussão sobre uma possível substituição no comando da Vale, o presidente da empresa, Roger Agnelli, foi confabular com a oposição para continuar no cargo, que exerce há dez anos. Assim, enviou e-mails aos líderes do PSDB e DEM e mandou emissários ao Congresso Nacional em busca de apoio.

Açulados por Agnelli, dirigentes da oposição dispararam críticas contra o governo, segundo informa “O Globo”.

No dia 19 de abril será realizada uma assembleia geral ordinária da empresa, que tem como objetivo eleger os novos conselhos de Administração e Fiscal, quando poderá haver uma decisão da não renovação do seu mandato.

Agnelli foi guindado à presidência da Vale por indicação do Bradesco, que detém 8% de ações com direito a voto, mas que por um acordo de acionistas é o responsável por sua gestão.

A Vale foi privatizada na bacia das almas em 1997, por míseros R$ 3,3 bilhões, em leilão eivado de irregularidades. No edital de privatização simplesmente não foram levados em consideração as riquezas minerais – ferro, nióbio, bauxita, ouro etc. -, o complexo empresarial que englobava 54 empresas e dois sistemas de mineração-ferrovias-porto.

Agnelli tem sido muito criticado em função de transformar a empresa apenas em exportadora de produtos primários - a Vale exporta 90% do ferro produzido. Os lucros astronômicos obtidos pela companhia se deve à formação do cartel junto com as anglo-australianas BHP Bilinton e Rio Tinto, que controla a produção mundial do ferro.

Em 2008, em plena crise e após financiamento do BNDES, Agnelli passou a demitir e impor redução de salários, logo ele que recebe um módico salário de R$ 448 mil mensais.

A União é acionista da Vale, através da BNDESPar. Nos últimos dias, houve rumores de que o ministro Guido Mantega tivesse feito gestões junto ao Bradesco para a substituição de Agnelli.
HP

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