sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Precisamos tratar este ano como uma exceção e garantir a valorização do mínimo, afirma Neto

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, divulgou nota nesta quarta-feira, afirmando que o que as centrais reivindicam “é a continuidade da política de recuperação do salário mínimo, que já possibilitou, nos últimos seis anos, aumentos reais ininterruptos que somaram 54%”.

“A continuidade da recuperação em 2011 foi, inclusive, promessa de campanha”, lembrou, destacando que foi “graças a esta política que o Brasil não teve a sua economia arrasada pela crise internacional. O aumento real do mínimo foi a principal iniciativa no governo Lula para o fortalecimento do mercado interno”.

“O que pressiona a inflação é a especulação dos monopólios internacionais com as commodities. O que aumenta a nossa defesa contra a crise, contra a especulação, é o fortalecimento do mercado interno e não o corte de investimentos públicos e de custeio e o aumento dos juros já absurdos”.

Neto lembra ainda que nos anos 50 e 60 o mínimo chegou ao equivalente a R$ 1.600,00, e hoje, “com a ditadura, o Collor e o FHC atingiu o buraco de 20% do seu valor, que é a metade do salário da Argentina”.

Neto reafirma que “o acordo que fizemos é para ir recuperando até 2023 o seu valor. Não previmos que era possível ter PIB negativo em pleno governo Lula”, como foi em 2009 (-0,6%) “O que temos que fazer agora é corrigir esta lacuna e assumir a exceção”.

Sobre o imposto de renda, diz, “o que estamos pedindo é a reposição da inflação já ocorrida, que não haja confisco dos salários, nem dos aumentos reais conquistados nas campanhas salariais”.
HP

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