Ministério da C&T terá cortes de R$ 610 milhões no investimento

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) terá um corte de R$ 610 milhões para investimentos e de R$ 353,6 milhões para custeio. Além disso, deixará de receber R$ 713 milhões com o veto a emendas parlamentares, totalizando uma redução orçamentária de cerca de R$ 1,7 bilhão, o que representa um corte de 23%.

Com isso, o valor aprovado de R$ 7,4 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional caiu para R$ 6,4 bilhões, muito inferiores ao orçamento da pasta no ano passado, que foi de R$ 7,8 bilhões. Há a possibilidade do Ministério poder contar com R$ 200 milhões adicionais em emendas parlamentares contingenciadas e que podem ser liberadas.

Em dezembro o MCT já tinha sofrido um contingenciamento de 10% na proposta de Orçamento enviada ao Congresso, que foi de R$ 8,1 bilhões.

Os cientistas lamentaram o corte de recursos na área. Jacob Palis Júnior, presidente da ABC (Academia Brasileira de Ciências), disse que o setor necessita de investimento “para que o país continue seu avanço científico”. “É importante que o investimento em ciência, tecnologia e inovação cresça em relação ao PIB [Produto Interno Bruto] e acompanhe países como a Índia e a China”, defendeu Jacob Palis.

Mesmo com os avanços, recursos e apoio obtidos nos oito anos de governo Lula não foi possível reverter situações críticas no setor, como a evasão de cientistas do país, em função da baixa remuneração. Ao assumir a pasta, o assunto foi comentado pelo ministro Aloizio Mercadante que se mostrou preocupado em encontrar medidas para trazer os cientistas de volta ao país e ajudarem no esforço de aumentar a produção de C&T e desenvolver o Brasil.
HP