sábado, 22 de janeiro de 2011

Para indústria, decisão do BC prejudica produção e emprego 

O aumento em 0,5 ponto percentual da taxa Selic pelo BC, passando de 10,75% para 11,25% ao ano, foi criticada pelos empresários: foi um erro, prejudicial, compromete o crescimento, estimula a entrada de dólares, prejudica a produção, foram alguns dos termos utilizados por entidades da indústria e do comércio.

Em comunicado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que a elevação dos juros básicos “é precipitada e compromete o crescimento no longo prazo da economia”. Para a entidade, “a elevação dos juros é o caminho mais fácil de controle de preços, porém o mais prejudicial. O impacto recai unicamente no setor produtivo, afetando negativamente a atividade e o emprego”.

Segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cada 0,5 ponto percentual a mais na Selic representa um adicional anual de R$ 9 bilhões na despesa pública e vai gastar este ano R$ 200 bilhões em juros. “O Brasil não pode mais ser penalizado com o crescente aumento da taxa de juros. Isso é um absurdo. Com esse dinheiro poderíamos viabilizar a construção de mais 390 mil casas do Programa Minha Casa Minha Vida, ou custear 2/3 do Programa Bolsa Família no ano inteiro de 2011. Alternativamente, daria para o Sistema de Saúde realizar 14 mil internações adicionais”, afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Conforme a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o aumento dos juros básicos “estimula ainda mais a entrada de dólares e a consequente valorização do real”.
HP

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