quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

EUA envolve Twitter na fabricação de
acusação contra Assange e o WikiLeaks
   
Em mais uma ação de perseguição ao site WikiLeaks e a seu editor-chefe, Julian Assange, a rede social Twitter foi intimada por um tribunal da Virginia a entregar ao governo dos EUA nomes de usuários ligados ao site e respectivos endereços IP, histórico de conexões, horários de ligação, números de telefone e outros detalhes. A manobra está em andamento desde 14 de dezembro, mas só esta semana a rede social, que havia sido “orientada” a nada revelar aos seus clientes, foi autorizada a informá-los.
 
Entre os espionados, estão ainda a deputada islandesa Birgitta Jónsdóttir, o hacker holandês Rop Gonggrijp e o programador norte-americano Jacob Appelbaum, que já colaboraram com o Wikileaks. A inclusão do nome do analista de inteligência militar Bradley Manning indica que a intimação é parte de manobra do governo para acusar Assange, e o WikiLeaks, de espionagem. Nixon tentou o mesmo com os “Papéis do Pentágono” em 1970, mas fracassou. Atualmente o WikiLeaks está divulgando 250 mil cabogramas das embaixadas dos EUA, relatando a ingerência no mundo inteiro. Mas já teria na agulha os podres do Bank of America e contas secretas na Suíça.
 
Manning, que o Pentágono diz ser a fonte de várias das denúncias de crimes de guerra veiculadas pelo WikiLeaks e do famoso vídeo do helicóptero matando um ferido já caído no Iraque, vem sendo mantido há meses na solitária e pressionado para acusar Assange de tê-lo induzido, ou pago, pelos documentos. Ele irá a Corte Marcial.

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