quarta-feira, 4 de agosto de 2010

BRASIL E ARGENTINA FIRMAM ACORDO PARA DESENVOLVIMENTO DE ENERGIA NUCLEAR

Os governos do Brasil e da Argentina anunciaram nesta terça-feira (3/8), após reunião bilateral realizada em San Juan, acordo para desenvolvimento de energia nuclear para fins pacíficos. O anúncio foi feito em entrevista coletiva pelos presidentes Lula e Cristina Kirchner no auditório do Centro Cívico da província, após realização da 39a. reunião de Cúpula do Mercosul.

Os dois países firmaram ainda compromisso para a realização de obras que permitirão o incremento na geração de energia elétrica.

O Brasil reconheceu ainda a soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, arquipélago que hoje está sob controle da Inglaterra.

O presidente Lula voltou a comemorar o resultado da reunião do Mercosul na Argentina, lembrando que os acordos firmados são uma resposta firme às pessoas que, no passado, mostravam-se céticas quanto ao poder do bloco econômico. Lula disse que a única demanda que não foi fechada na gestão de Cristina Kirchner à frente da presidência pró-têmpore do Mercosul foi o acordo comercial com a União Européia.

¨Espero que nestes cinco meses que temos pela frente consiga fechar o acordo com o companheiro Sarkozy [Nicolas Sarkozy, presidente da França e da UE]¨, disse o presidente brasileiro.

Lula e Kirchner destacaram também o acordo aduaneiro no âmbito do Mercosul que prevê o fim da cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC), a partir de 2012, na origem e no destino do produto. Há anos, segundo Lula, a medida vinha sendo tentada, mas sem sucesso.

O presidente brasileiro também retomou na entrevista o tema iraniano, que mencionara em seu discurso na sessão de trabalho do Mercosul um pouco antes. Os jornalistas questionaram Lula sobre a relação com o país persa em relação à produção de energia nuclear e na questão da cidadã iraniana que foi condenada à pena de morte. O presidente lembrou toda a negociação feita em parceria com a Turquia para que o Irã aceitasse um acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e frisou que tem por princípio respeitar a autonomia de cada país.

Afirmou ainda que na última sexta-feira, em comício realizado em Curitiba (PR), manifestou interesse em receber no Brasil a mulher condenada pelas autoridades iranianas, num pedido humanitário, não político

BLOG DO PLANALTO

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