quarta-feira, 7 de julho de 2010

O CAMINHO PARA RETORMAR AS GLÓRIAS DO FUTEBOL DO BRASIL É PARAR DE IMITAR O FUTEBOL EUROPEU

É verdade que não faltou esforço da seleção brasileira e da nossa comissão técnica. Só que isso não é suficiente para se ganhar uma Copa do Mundo.

O problema é o estilo de jogo que vem tomando conta de nossas seleções já há algum tempo. Sobraram volantes, sobraram preocupações táticas e prevaleceu a disciplina e o rigor defensivos. E essas, nós sabemos, não são, e nunca foram, as características do futebol brasileiro.

A diferença do nosso futebol, que se tornou o melhor do mundo, sempre esteve no talento, no jogo ofensivo e na criatividade de nossos jogadores. Quando essas características são deixadas em segundo plano para “enquadrar” o nosso escrete ao rígido esquema europeu, as coisas não andam como deveriam. Isso vem impedindo o nosso avanço. É chegada a hora de parar de imitar o futebol do velho continente. Vamos voltar a convocar as nossas “feras”, vamos dar liberdade aos jogadores e jogar o nosso belo futebol. Acima de tudo, aprender a trabalhar com craques. Esse é o caminho para a vitória em 2014, no Brasil.

O estilo retranqueiro praticado na Europa é o túmulo do futebol. Badalado por alguns técnicos e comentaristas deslumbrados, ele está sendo trazido para dentro do futebol brasileiro. O caminho certamente não é esse. Para voltarmos aos tempos de glória temos que retomar o nosso futebol. Aquele que nos levou ao pentacampeonato. Parar de achar que o “moderno” está no modelo de jogo europeu. Até porque seleções como a da Alemanha e da Espanha estão fazendo o caminho inverso.

Passaram a jogar como o Brasil fazia nos áureos tempos.

Por fim, os dirigentes precisam acreditar mais nos jogadores brasileiros. O nosso país é o maior celeiro de craques do mundo e isso tem que se expressar em nossas seleções. Apesar de estarmos perdendo jogadores para times milionários como o de Berlusconi e outros, é aqui que se pratica o melhor futebol do mundo. Não é à toa que o Brasil é o país que tem mais títulos.
Podemos ter jogadores na Europa ou em qualquer outro lugar do mundo. Esses, sem dúvida, são bons, muitas vezes são os melhores. Vão continuar a estar presentes em grande número na nossa seleção, mas temos que acreditar mais nos craques que continuam dentro do Brasil. Não devemos continuar usando como critério, quase exclusivo para as convocações, o fato de o jogador estar jogando nesse ou naquele time europeu.

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