segunda-feira, 3 de maio de 2010

NA ONU, AHMADINEJAD PRESIDENTE DO IRÃ, DEFENDE QUE EUA FIQUEM FORA DA AIEA

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou na sede da ONU, em Nova York, nesta segunda-feira (3/5) que a bomba atômica é um crime contra a humanidade que põe em risco a segurança de todos.

Na presença de representantes de 189 países, durante a reunião sobre o TNP (Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares), Ahmadinejad defendeu que os Estados Unidos fiquem fora da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), órgão da ONU responsável por fiscalização e certificação de que os equipamentos nucleares tenham apenas fins pacíficos.
 
"O governo dos EUA não deve ser um membro do conselho de diretores da AIEA,

pois além de ter usado bombas atômicas durante a guerra contra o Japão (1941-1945), adotou a mesma estratégica contra o Iraque por meio de munições de urânio enfraquecido”, lembrou Ahmadinejad.
 

O iraniano também criticou os países que condenam a política de seu país, responsabilizando os Estados Unidos por não cooperarem com o fim do desarmamento nuclear.

Ahmadinejad exigiu que seja interrompida toda cooperação com países que têm a bomba atômica e não são signatários do TNP (em referência a Israel) e negou, mais uma vez, que o programa nuclear iraniano pretenda desenvolver armas atômicas. Segundo ele, quem é contra a política desenvolvida no país age com hipocrisia.
 

“Na nova política, eles dizem que não irão desenvolver armas, mas vão aumentar a capacidade de reforço o que significa dar maior capacidade de armas nucleares para matar e destruir sem ser testado”, disse.


Em resposta às suspeitas sobre uma eventual produção de bombas atômicas no Irã, Ahmadinejad afirmou que “bombas nucleares, mesmo produzidas e estocadas sob o pretexto de dissuasão, são um ato perigoso e uma estratégia errada que vai contra o principal caminho de segurança. Produzir e estocar armas é uma ameaça em primeiro lugar”.
 
Ahmadinejad atacou os EUA, que no passado utilizaram armamentos nucleares, e atualmente pressionam pela adoção de sanções contra o Irã. “As consequências são desastrosas, como as explosões atômicas em Hiroxima e a utilização de bombas nucleares no empobrecido sul do Iraque.


Armas nucleares são, portanto, um fogo contra a humanidade, em vez de uma arma de defesa ou ofensa”, disse ele.

Submissão

Ameaçado por pressões internacionais e por integrantes do Conselho de Segurança, o iraniano atacou o órgão, afirmando que não conseguiu construir uma unidade em favor da segurança sustentável.


“Por mais de 60 anos, o Conselho de Segurança e as Nações Unidas não conseguiram construir o sentimento de segurança sustentável da segurança nas relações internacionais. A mentalidade existente em todas as sociedades é amplamente afetada por um sentimento de ameaça e insegurança”, afirmou Ahmadinejad na ONU.


O presidente do Irã também não poupou a AIEA, que permanentemente afirma que seus especialistas não conseguem inspecionar as usinas iranianas. Para Ahmadinejad, a agência se submete a orientações dos EUA e potências ocidentais.


“A presença e influência política de um certo número de países têm impedido a Aiea de realizar suas funções legais”.

http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idConteudo=3929

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