sábado, 27 de fevereiro de 2010

EM NOME DA ÉTICA E DA JUSTIÇA, CAUSAS ELEITORAIS

Em nome da ética e da justiça, causas eleitoreiras.
Publicado em 27-Fev-2010

O ex-ministro da Saúde Humberto Costa acaba... O ex-ministro da Saúde Humberto Costa acaba de ser inocentado pelo Ministério Público Federal no caso que ficou conhecido como Máfia dos Vampiros. Depois de quatro anos, o próprio MPF declarou que não havia provas para incriminá-lo, mas o caso teve repercussão nacional, com danos ao PT e a Humberto Costa, que despontava nas pesquisas na eleição de 2006 como o candidato mais forte para vencer a eleição em Pernambuco e teve sua candidatura arruinada após o escândalo. É mais um caso de macartismo, de caça as bruxas. É mais um caso que comprova os abusos de autoridade que estão sendo cometidos em nome da ética e da justiça, mas na verdade a serviço de causas políticas partidárias ou pior, eleitorais.


O caso Humberto Campos vem mostrar como no Brasil as denúncias são usadas com fins políticos. Eu que o diga. Em 2008 fui envolvido em quatro denúncias indevidamente: o caso MSI-Corinthians, quando um juiz, um promotor e um delegado, em segredo de justiça, por decisão do juiz, e a pedido do MPF quebraram meu sigilo telefônico -- meu e de mais quatro pessoas ligadas a mim --, violaram o sigilo de meu escritório de advocacia e no final da investigação e do inquérito eu sequer fui citado. Idem no caso BNDES - Paulinho do PDT. A partir da citação de meu nome, vazaram a informação para a imprensa e, no final do inquérito, ficou provado que eu não tenho nada a ver com nada. Idem no caso da prisão do então prefeito de Juiz de Fora, quando vazaram para a revista Época uma fita gravada onde ele dizia que ia encontrar comigo, depois de afirmar que ganharia 7 milhões de comissão num contrato de 70 milhões. No final do inquérito nada contra mim. Nesse caso a fita foi para o Jornal Nacional, mesmo com um desmentido público do DCE da universidade que me convidou e que testemunhava que não me encontrei com ele, uma vez que os estudantes ficaram o tempo todo comigo. Por fim, o famoso caso Satyagraha, quando fizeram de tudo para me envolver, a partir de um telefonema de minha namorada para um advogado meu amigo e companheiro do PT, marcando um encontro comigo. No final nada, nenhum envolvimento meu com nada do inquérito.

Embora ao final das investigações nada tenha sido provado contra mim, como aconteceu agora com Humberto Costa, em cada “escândalo”, minha imagem foi envolvida, na tentativa de ligar meu nome a escândalos. Um trabalho bem feito e sujo contra mim. Agora, o jogo se repete com o caso Eletronet e meu trabalho de consultor, como aconteceu com o caso Santo André. Anos de manchetes a partir de uma calúnia do irmão do prefeito assassinato Celso Daniel. Quando o processei, ele se retratou em juízo, mas durante mais de três anos a imprensa deu várias manchetes e chamadas com as acusações de Francisco Daniel.

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