sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ZELAYA: GOLPISTAS QUREM QUE HONDURAS VOLTE A SER PROPRIEDADE DA UNITED FRUIT

 ZELAYA

“Ao povo Hondurenho e à Comunidade Internacional asseguro e reitero que não renunciarei ao mandato que me outorgou o povo e com dignidade e honra seguirei defendendo os princípios democráticos e a busca de soluções justas, que permitam a transformação e as mudanças para Honduras”, afirmou o presidente legítimo, Manuel Zelaya.


Sublinhou que a ditadura lhe nega seus direitos constitucionais, fazendo de tudo para forçá-lo a abandonar seus esforços para reverter o golpe de Estado e a renunciar a seu cargo em troca de um salvo-conduto para sair do país.




Zelaya, que está hospedado na Embaixada brasileira em Tegucigalpa, denunciou que “o povo nas ruas continua sofrendo a mais cruel repressão, massacres, assassinatos torturas, perseguição política, detenções arbitrárias, por levantar a voz de protesto contra a ditadura ao exigir de maneira pacífica a expulsão dos que usurparam o poder pela força e as sanções contra os autores materiais e intelectuais do Golpe de Estado”.



“Transcorreram mais de 200 dias desde 28 de junho, em que como presidente eleito pelo povo fui sequestrado e desterrado para Costa Rica por um golpe de Estado militar, e meses inteiros de ataques e torturas de todo tipo na sede diplomática do Brasil, país amigo que esteve, todo o tempo, do lado da justiça e da democracia. Essa situação nos fortaleceu, nos aproximou mais de nosso povo, nos deu certeza de que nosso dever é a mudança das condições de miséria inaceitáveis em que vive a maioria dos hondurenhos”, frisou Zelaya.



A Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) – novo nome da Frente Nacional contra o Golpe de Estado - declarou que este golpe transcende as fronteiras de Honduras já que “foi concebido dentro de um plano de controle regional por parte dos poderes econômicos transnacionais para frear e reverter os processos de mudança social latino-americanos, que estão mostrando a possibilidade de criar sociedades democráticas e justas, assim como Estados soberanos.



O golpe de Estado em Honduras é acompanhante do Plano Colômbia, da reativação da Quarta Frota, do bloqueio econômico a Cuba, do assedio a Venezuela, dos planos desestabilizadores na Bolívia e Equador.


O golpe é a intenção de regressar a uma América Latina propriedade da Texaco, a United Fruit Company, a Bayern, a Esso, a Car-guill, a Alcoa e outras, sem nenhum tipo de limites”.

Nenhum comentário: