sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

PEDRO TEIXEIRA: O PORTUGUÊS QUE GARANTIU A AMAZÔNIA PARA O BRASIL

Graças a Pedro Teixeira, navegador português nascido na Vila de Cantanhede, situada a 20 km ao NE de Coimbra, Portugal, em 1587, a maior parte da Amazônia hoje está no Brasil. Através de registros das posses feitas por sua expedição, os portugueses puderam reivindicar, e conseguiram obter, o domínio da maior parte da região amazônica que ultrapassava o meridiano de Tordesilhas.


Com 1.200 índios flecheiros, 70 soldados portugueses e outros homens e mulheres em 47 grandes canoas, a expedição partiu da cidade de Gurupá, no Pará, em outubro de 1637, com o objetivo de fundar cidades (às quais deu nomes de cidades portuguesas) e fazer um reconhecimento pormenorizado do Rio Amazonas para o rei de Espanha, que dominava Portugal na época.


O grupo subiu mais de 10 mil quilômetros de rio e chegou a Quito. Depois, em 12 de dezembro de 1639, a expedição acabou em Belém, com o objetivo cumprido. Com esse feito contribuiria para assegurar a posse de vasta porção da bacia amazônica por parte de Portugal. Em razão do sucesso da expedição, Pedro Teixeira foi nomeado Capitão-Mor do Grão Pará, em 1640.



Para que este registro histórico da formação do Brasil não passe mais em branco, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) propôs a homenagem realizada no último dia 10, véspera do aniversário de 370 anos de conclusão da expedição, no Senado Federal, e um projeto de lei para transformar Pedro Teixeira em herói nacional e para que sua mais famosa expedição seja contada nas escolas e conste dos livros didáticos de História.



“O êxito deste português nunca foi devidamente reconhecido porque Portugal estava subordinado à Espanha na época. Depois, quando houve a disputa em torno do Tratado de Tordesilhas, os espanhóis mandaram destruir os registros porque eles davam sustentação à reivindicação de Portugal, de posse da maior parte da região amazônica”, diz Mercadante que trouxe para a cerimônia no Senado o prefeito da cidade de Cantanhede, João Moura, que destacou a existência de uma estátua do desbravador na sua cidade natal, do filme que relata sua expedição, “Curiua-Catu” - ou “Homem Branco Bom e Amigo”, como era chamado pelos nativos - e a iniciativa da recuperação de documentos sobre o desbravador no estado do Pará.
LUISA MOURA



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