domingo, 22 de novembro de 2009

kADAFI DENUNCIA QUE CORPORAÇÕES MONTAM LATIFUNDIOS

Kadafi denuncia que corporações montam latifúndios com terras do Continente Africano



Durante a reunião de Cúpula contra a Fome que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, FAO, realizada em Roma no dia 17 passado, o dirigente da Líbia Muamar Kadafi denunciou na plenária que congrega os 193 países membros “o novo feudalismo que se expande por toda a África e nos países em desenvolvimento, onde empresas estrangeiras compram as melhores terras cultiváveis, transformando-se em novos latifundiários que devemos combater para impedir mais esse saque”.




Kadafi que preside também a União Africana, denunciou a pilhagem realizada pelos países ricos sobre as riquezas das populações colonizadas e que agora “investem os fundos obtidos com essa pilhagem no fabrico de armas para prosseguir os massacres”.


O líder líbio apontou para a ausência de chefes de Estado dos EUA, Inglaterra e França. Para ele essa ausência configura “uma mensagem clara de que os países ricos decidiram não contribuir para a resolução do problema da segurança alimentar mundial”.



“Eles”, acrescentou, “mostram uma hipocrisia flagrante, ao exprimir a sua compaixão e parecendo chorar pelos pobres enquanto gastam trilhões de dólares em armamentos e arsenais nucleares”.



No encontro, várias entidades de trabalhadores rurais lideradas pela Via Campesina denunciaram as corporações multinacionais do setor alimentar de tentar se apoderar de milhões de hectares de boa qualidade pertencentes a pequenos camponeses do terceiro mundo.



As entidades realizaram um ato na entrada do prédio da FAO onde frisaram a atividade criminosa das corporações do setor de alimentos, em especial a norte-americana Monsanto, que destrói as terras com o uso de organismos geneticamente modificados, com conseqüências funestas para os trabalhadores e a população que moras nas regiões em que atuam, além de torna-los dependentes do uso de seus produtos – sementes e pesticidas.



O presidente da Malásia, Tan Sri Muhyiddin Yassin, destacou: “temos os meios e recursos para reduzir a fome global. O que nós precisamos é traduzir nossos objetivos comuns em ação tangível nos níveis mundial, nacional e regional”.

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