sexta-feira, 27 de novembro de 2009

ISRAEL QUER DESTRUIR ESTADIO PALESTINO CONSTRUÍDO COM APOIO DA FIFA

Israel quer destruir estádio palestino construído com apoio da Fifa, Alemanha e França



O exército de ocupação israelense exigiu que os palestinos derrubem um estádio de futebol recém construído nas proximidades de Ramallah, na Cisjordânia, a 15 quilômetros de Jerusalém, sob o pretexto de que parte fica em área palestina sob controle “exclusivo” de Israel. O estádio, com capacidade para 8 mil pessoas, tem patrocínio da Fifa e foi financiado com verbas da França e Alemanha.



Proposto em 1981, só teve sua construção iniciada em 2008, demonstrando o repulsivo tratamento que a ocupação tem com os palestinos. Em 2008, houve o lançamento da pedra fundamental, pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, e pelo primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad. A inauguração está prevista para o final do ano, com um jogo entre uma equipe palestina e uma visitante.




De acordo com o jornal israelense “Haaretz”, o exército de Israel deu no dia 20 de novembro prazo de sete dias para a derrubada do estádio.


A provocação começou no dia 11 de outubro, quando o exército israelense chegou à obra em fase de acabamento com uma ordem de demolição, que não foi atendida. No dia 1º, ordem igual foi apresentada à prefeitura de Al-Bireh, a pequena cidade próxima de Ramallah onde o estádio foi erguido.



Segundo o exército invasor, o que dá a ele o “direito” de derrubar um estádio de futebol é uma suposta cláusula dos Acordos de Oslo – que, aliás, não são respeitados em quase nada pelo governo Netani-ahu. Cláusula que não era para ser eterna, apenas para facilitar o processo de desocupação, possibilitando que áreas em território reconhecidamente palestino provisoriamente ficariam ainda sob “controle de Israel”. O próprio “Haaretz” analisa que nem por aí se sustenta a provocação já que, diz o jornal, Israel mudou unilateralmente os limites das áreas sob controle dos invasores.


Aliás, nem que ficasse sob “controle de Israel”, pois é território palestino reconhecido por todos os países do mundo, sem exceção, sob ocupação desde a invasão de 1967.



A ordem de derrubada do estádio foi vista, também, como uma tentativa de pressionar a Autoridade Nacional Palestina, que está exigindo que se cumpra a suspensão da expansão das colônias de fanáticos israelenses na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.



Ou talvez o problema de Netaniahu seja mesmo com estádios: afinal, na África do Sul, os campos de futebol cumpriram um grande papel para derrotar o apartheid.
HP

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