sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Frente Nacional Contra o Golpe denuncia assassinato de líder da Resistência no sul de Honduras

Frente Nacional Contra o Golpe denuncia assassinato de líder da Resistência no sul de Honduras



O corpo do coordenador da Frente Nacional contra o golpe de Estado na região sul do país, Luis Gradis Espinal, foi encontrado na terça-feira, 24, dias depois de ser preso pela policia hondurenha.


O paradeiro de Espinal era desconhecido desde domingo.


O assassinato do líder da resistência do departamento (estado) de Valle ocorreu a poucos dias das eleições e sob denuncias de aumento da repressão em todo o território hondurenho.

                                      (DITADOR HONDURENHO)

Espinal, professor aposentado de 56 anos, ia para a capital quando o veículo onde viajava foi interceptado na entrada da cidade por uma patrulha policial. O professor foi preso e, no ato, golpeado com uma pistola na cabeça.



Através de um comunicado, a Frente Nacional alertou que a perseguição aos militantes da Resistência recrudesceu. O governo declarou um Estado de Emergência que, segundo a Frente “pode ser o preâmbulo de uma ofensiva militar contra o povo desarmado”.


A notícia sobre a descoberta do cadáver de Espinal chegou aos membros da Resistência quando realizavam um protesto na frente da sede do Tribunal Supremo Eleitoral.

Ao saber do assassinato do líder da Frente, o ex-vice-ministro da Agricultura, Nehemias Martinez, que acabara de renunciar a sua candidatura a deputado estadual, declarou: “nossa consciência não vai permitir que esta farsa eleitoral espúria se imponha sobre o sangue de hondurenhos livres”.



O presidente do Comitê para a Defesa dos Direitos Humanos, (CODEH), An-drés Pavón, declarou que há uma matança que está enlutando muitos lares hondurenhos, vários corpos sem vida, são encontrados con um mesmo padrão de execução.


O CODEH enviou um chamado aos organismos internacionais de direitos humanos alertando para o contínuo desaparecimento e assassinato de hondurenhos vinculados à Resistência.


“Informações chegam, com cada vez mais intensidade, de bairros da capital, aldeias e cidades, de que a repressão desencadeada pela policia e exército está atacando populares quando marcham de maneira pacífica contra a ditadura ou simplesmente por permanecerem nas ruas. Foram mais de uma dezenas de mortos em uma semana”, afirma o jornal hondurenho El Libertador.


“Temos denuncias recentes de dois jovens que foram sacados de seus lares e a seguir tiveram a língua cortada. Levaram as línguas às mães dizendo-lhes ‘aqui lhes trago a língua deste cachorro’”, denuncia Pavón.


Vários professores já foram assassinados depois do golpe de 28 de junho, entre eles Roger Vallejo, Félix Rolando Murillo, Mario Con-treras, Martín Barrientos e Tito Urquía, segundo denuncia o El Libertador.
HP

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