domingo, 18 de outubro de 2009

COMUNIDADES DE ANGRA DOS REIS NO PARQUE MAMBUCABA

Agentes do programa elogiam participação dos moradores na primeira reunião


O Programa Comunidades de Angra chegou ao Parque Mambucaba. A primeira reunião com os moradores foi realizada nessa quarta-feira, dia 14, na Escola Municipal Nova Perequê. O programa pertence a Prefeitura de Angra e representa uma de suas principais frentes de trabalho para conhecer os problemas dos bairros e ouvir seus moradores. Nesta primeira reunião, agentes do programa se apresentaram e explicaram a proposta de ampliação da participação comunitária, em que os próprios moradores traçam metas para a melhoria do bairro. O Parque Mambucaba é a nona comunidade visitada. Mais de 100 moradores participaram da reunião, um número considerado muito bom pelos representantes do programa para uma primeira reunião.


Além das apresentações gerais, a primeira reunião do Comunidades de Angra sempre tem como finalidade conhecer melhor a comunidade, através das histórias contadas pelos moradores sobre o local, além de lendas e histórias pessoais que, de alguma forma, estejam relacionadas ao crescimento coletivo do bairro. Os moradores relembraram histórias desde antes da década de 50 até a atual. O trabalho é importante para o conhecimento das especificidades locais, além de servir como base para o planejamento de metas, que será feito nas próximas reuniões.


Os moradores citaram algumas lendas locais, como a do duelo entre índios guaraní e guaianases pela posse das terras. De acordo com os moradores, na década de 50, a família Pereira da Cruz era a proprietária da Praia de Itaorna. Nos anos 50 e 60, havia pouquíssimas construções e muita vegetação no local, que possuía densidade demográfica muito baixa. Na década de 60, foi fundada a igreja Adventista local e, no fim da década, os moradores da Praia de Itaorna foram desapropriados para a construção da usina. A década de 70 foi apontada pelos moradores como um período de grande crescimento demográfico, o que incluiu a desorganização decorrente de loteamentos irregulares. Nos anos 80, os moradores destacaram o asfaltamento da rua Magalhães de Castro, principal do bairro, a criação da associação de moradores, da primeira linha de ônibus, da igreja de São José Operário e da Fundação Bezerra de Meneses; nos anos 90, a construção do Ciep e do Abeu, a criação do Esporte Clube Sertãozinho e da rádio comunitária. Já a década atual foi apontada como a do ordenamento urbano, com importantes iniciativas do setor público, como asfaltamento de ruas, criação de áreas de lazer, estação de tratamento de esgoto, módulos de saúde, implantação do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) etc.


– Os moradores demonstraram muito interesse no programa e se sentiram valorizados, principalmente na hora de traçarem a linha do tempo do bairro, através desse resgate da história, que também é uma forma de resgate da cidadania – avaliou Sílvia Rúbio, gerente de mobilização, que elogiou a participatividade e a presença em bom número dos moradores.


As próximas reuniões serão sempre às terças-feira, às 19h, na Escola Municipal Nova Perequê.
http://www.angra.rj.gov.br

Nenhum comentário: