domingo, 2 de agosto de 2009

Globalização e Neoliberalismo: A Intentona Capitalista

Globalização e Neoliberalismo: A Intentona Capitalista ou O Golpe final do capitalismo
BRASÍLIA - Denunciar, o Brasil está denunciando. Apenas, as denúncias têm merecido pouco ou nenhum espaço, por conta dessa quase unanimidade canhestra que envolve a mídia conivente ao (des)governo FHC. Fala-se cada vez mais dos males que a globalização vem causando ao País. Um horror, que nos desmoraliza, desmancha, desespera e desagrega.
Dias atrás, coube ao presidente do Clube da Aeronáutica, brigadeiro Ercio Braga, elaborar veemente diagnóstico sobre os rumos que o governo vem imprimindo a todos nós. Ele identifica estar em curso o que chama de Intentona Capitalista: a nossa desagregação a partir da obsessão do lucro e da especulação financeira. Em palestra feita a jovens oficiais de sua Força, disse o brigadeiro:
"(...)
Para enfraquecer ou destruir uma nação sem uma guerra, a estratégia mais eficaz a curto prazo consiste em desestruturar suas famílias, radicalizar as posições religiosas e acabar com suas defesas atuando sobre suas Forças Armadas, enfraquecendo-as e desmoralizando-as (...)."
Manobra insidiosa
"(...) O que fazer para desestruturar uma família? Em primeiro lugar, tirar a autoridade de seu chefe, colocando-o na humilhante situação de desempregado. O trabalho é o elo de respeito que existe entre o pai e sua família. Humildade pode haver no comportamento social d indivíduo, nunca no trabalho. Trabalho gera orgulho. Trabalho justifica a presença do cidadão dentro da sociedade.
"O emprego dá tranqüilidade e estabilidade para as famílias. Desemprego é um problema de segurança nacional e deve ser enfrentado como tal. Alegar que o trabalhador está desempregado em função da evolução tecnológica e por não ter se preparado convenientemente para os novos tempos, transferindo a culpa do desemprego para o trabalhador, é atitude covarde e injusta, calculada para impor uma sensação de impotência, para a qual o trabalhador e os sindicatos não têm argumentos para a defesa.
"Nada é mais humilhante para um pai de família do que querer trabalhar, procurar onde acredita ser útil e não conseguir ser aceito. Acrescente-se ainda o fato de que o desemprego atinge diretamente aos jovens, pois coloca a desesperança em seu futuro. Jovem sem esperança é cidadão sem rumo, indivíduo incapaz de assumir responsabilidades. A insegurança na mocidade só arranja abrigo nas drogas. Nada é mais conveniente para desestruturar a família e a nação do que o desemprego."
Até distorções religiosas
Depois de considerações a respeito da errônea e, talvez, maliciosa estratégia governamental para combater as drogas, centralizando suas ações no combate ao tráfico, ou seja, buscando solucionar a equação sem considerar sua parte inicial, o brigadeiro Braga investe sobre as distorções verificadas na religião:
"(...) O que está acontecendo com elas? (...) Qualquer uma tem nos seus princípios a crença de um Deus superior e prega uma convivência social tranqüila e o respeito recíproco entre os homens. (...) Todos são unânimes em aceitar que o indivíduo deve ser suficientemente livre para escolher o seu caminho para chegar a Deus.
"O que é perigoso para a sobrevivência de uma nação é a radicalização religiosa. Essa radicalização está levando o religioso a considerar os integrantes de outras igrejas como inimigos que devem ser destruídos. O mundo está cheio de exemplos de radicalizações.
"O fanático não é um crente a serviço de uma igreja, mas um marginal a serviço do crime. Estranhamos o aumento de seitas ocorrido nos últimos anos. Será que vieram para radicalizar entre os brasileiros?"
Minando as Forças Armadas
A seguir, fala das Forças Armadas, o terceiro pólo que pretendem erodir:
"Há algum tempo o orçamento destinado às nossas Forças Armadas vem decrescendo e provocando uma restrição ao seu preparo e ao seu emprego. Estas dificuldades não bastam para modificar a postura e a obstinação com que os militares julgam e cumprem a sua missão. Algo mais deveria ser feito (pelos que pretendem destruir a nação) e os vencimentos dos militares sofreram reduções. (...)
'A explicação para a criação do Ministério da Defesa formaliza e clarifica uma linha de ação definida no exterior e executada sem reação. Com sua criação, retirou-se o militar do primeiro escalão do governo. Extinguiram-se três ministérios militares, mas, para compensar, criaram para os amigos centenas de DAS.
"Muitos ministros têm status de ministro mas, graças a Deus, sua única missão é a de falar com a imprensa sobre dados que não têm e sobre assuntos que não conhecem. (...) Ao invés do reconhecimento, o ministério da Aeronáutica é rebaixado na estrutura do governo. Nem sempre cada povo tem o governo que merece."
Continuemos, pois, apresentando o resumo de uma das mais profundas e contundentes críticas ao modelo globalizante adotado pelo governo brasileiro, infelizmente convenientemente despercebida pela mídia. Dias atrás, quem a formulou sob o rótulo de a Intentona Capitalista, foi o presidente do Clube da Aeronáutica, brigadeiro Ércio Braga, num auditório formado por jovens militares.
Devastando a agricultura
Depois de haver apontado a óbvia tentativa externa de desagregar as principais instituições do País, para melhor se apropriarem de nossas riquezas, o brigadeiro acentuou:
"(...) A Intentona Capitalista também atua na agricultura.
"Sem uma agricultura forte, o País fica vulnerável, e a Nação, ameaçada. Já sabemos que a agricultura está ligada à estrutura da família e à sobrevivência. A estratégia da Intentona Capitalista é desarticular a agricultura, levando para o campo a violência e a incerteza da comercialização de seus produtos.
"O proprietário rural, em muitos casos um antigo agricultor, sente-se ameaçado e teme por seus familiares, já que sua fazenda pode ser invadida e sua propriedade contestada numa Justiça incerta. Com a desistência do proprietário, o valor das terras cai e elas são compradas para permanecer improdutivas. Também não serão mais invadidas. Não seriam os novos roprietários os financiadores das invasões?"
E depois:
"Desarticulada a agricultura, eles controlarão pela fome uma legião de miseráveis dispostos a tudo por um prato de comida. Para completar, eles devem controlar a genética, os adubos químicos e a produção de sementes, para que aqueles que continuarem na agricultura trabalhem de joelhos, não rezando para Deus, mas para quem tem dinheiro e, por isso, as matrizes transgênicas."
Continua o brigadeiro Braga:
"É o comércio que viabiliza o funcionamento de uma cidade e é também o segmento da Nação mais sensível ao sofrimento das famílias. Sofre com isso. Presenciar o desespero de um pai vendo o filho passar fome e sentir-se incapaz de ajudá-lo é algo arrasador. Pior de tudo é que, quando sua loja se torna inviável, o comerciante sofre com as demissões e ainda fica com a fama de vilão."
Arrasando também a indústria
Do comércio, o presidente do Clube da Aeronáutica passa para a indústria nacional, que também vem sendo erodida:
"O que está sendo feito pela Intentona Capitalista com relação às indústrias brasileiras? Os industriais, de tanto exaltarem o lucro, não o dinheiro, tornaram-se seus escravos e daqueles que o possuem. Ao supervalorizarem a moeda, desvalorizaram o trabalho, e sua principal missão ficou seriamente comprometida.
"A mais importante missão do empresário é a de proporcionar trabalho e dignidade a inúmeras famílias. Se ainda conseguirem oferecer emprego, acrescente-se, tranqüilidade, para aquelas famílias. A simples existência do lucro, objetivo maior do dono da empresa, não de um empresário, não transforma aquele lucro num bem social. Sua aplicação é que definirá seu valor social.
"Se aplicado na ampliação da empresa ou permanecer como reserva para cobrir imprevistos a fim de manter o funcionamento durante as crises de consumo, então o lucro é o mais importante produto social. Mas substituir um operário por um equipamento importado demonstra insensibilidade e covardia social."
Outra crítica direta do brigadeiro:
"(...) O que está acontecendo hoje? Se um produto é fabricado no Brasil, não se sabe mais onde será vendido. A decisão está fora do País. Se o fabricante de um produto mundial será brasileiro, coreano ou chinês, os brasileiros não participam dessa decisão. A indústria e os empresários brasileiros estão totalmente envolvidos pela incerteza. Como poderão gerar trabalho? As grandes fusões criam gigantes ameaçadores e destruidores."
A mídia também sofre as verrinas do presidente do Clube da Aeronáutica:
"Qual a estratégia da Intentona Capitalista em relação aos meios de comunicação? Tornar-se proprietária deles ou envolver seus proprietários num pacote de dívidas. Com dinheiro fácil e disponível para gastar em publicidade levam a imprensa e a opinião pública para uma conveniente direção.
"Uma imprensa forte e voltada para objetivos antinacionais intimida o comércio, imobiliza a indústria e silencia o Congresso Nacional. Para preocupação da Intentona Capitalista, alguns grandes jornalistas já se deram conta do que está acontecendo e começam a falar como bons brasileiros que são."
O espaço continua aberto para uma das mais precisas radiografias a respeito do modelo globalizante que nos assola, feita pelo presidente do Clube da Aeronáutica, brigadeiro Ércio Braga. Após denunciar o complô do capital internacional para desagregar o Brasil como nação e de abordar a erosão de nossas principais instituições, o brigadeiro disse:
"Com as dívidas de campanha, o Congresso Nacional transformou-se numa organização economicamente muda que luta para permanecer com credibilidade junto à Nação. A globalização dos mercados é uma farsa bem difundida e convenientemente aceita por cooperadores da Intentona Capitalista.
"Serve apenas para colonizar países em desenvolvimento e endividá-los cada vez mais. Ciência e tecnologia só podem ser realizadas em determinados centros do primeiro mundo, cabendo aos demais países exportar seus cérebros para o bem da Humanidade. Os funcionários públicos foram transformados em vagabundos contumazes e exploradores do povo e, por isso, estão sendo substituídos por competentes amigos e parentes dos governantes, sempre aquinhoados com DAS. (...)"
Um rumo difícil de tolerar
Depois:
"Por que será que todas as autoridades estrangeiras que visitam o Rio de Janeiro têm que conhecer e elogiar nossas favelas? Por que será que todas as estatais eram incompetentes e deveriam ser desnacionalizadas para gerar emprego para estrangeiros e desemprego para os brasileiros?
"Por que será que as verbas para pesquisa no País estão se reduzindo a cada ano? Por que tantas organizações não-governamentais, quem as financia, quais seus verdadeiros objetivos e como conseguem acesso tão fácil aos meios de comunicação? Por que a Justiça Eleitoral teve tanta pressa em colocar o voto eletrônico na última eleição e de uma forma que ninguém pôde conferir ou aprovar seu resultado?
"Meu voto ficou tão secreto que nem mesmo eu consigo mais identificá-lo? Só quem pode dizer o que foi feito com o meu voto é um colega do nosso presidente Antônio Neto, que fez o programa para a Justiça Eleitoral. Por que a necessidade inadiável da reeleição e, agora, do parlamentarismo? "
Continua o brigadeiro Braga:
"Por que a Justiça brasileira deixou-se desmoralizar pela descoberta de duas dezenas de corruptos em seus quadros compostos por militares de juízes? Será que estão sendo preparados para aceitar decisões de tribunais de outros países ou essa farsa de tribunais internacionais? Já é hora de a Justiça brasileira definir a quem presta serviço, se à nação ou se aos poderosos.
O prazo está terminando
"Muitos, a essa altura, já estão indignados e convictos de que a única forma de alterar o rumo dos acontecimentos e salvar a Nação é a saída imediata de todos os integrantes do atual governo, por bem e pela violência. Posso assegurar que isso não será necessário e que a estratégia do governo mudará.
"Em primeiro lugar vamos combinar que a partir de agora todos agiremos como cidadãos brasileiros, com o conhecimento e a convicção do segmento da Nação a que pertencemos. Não existe cidadão mundial, isso é uma balela globalizante. (...)
"Conscientes de nossa condição de cidadãos brasileiros, podemos escolher a melhor opção política que melhor atenda aos anseios da Nação. A escolha não será para separar, mas para abrir a discussão de soluções. Nunca para classificar inimigos.
"Como cidadãos, devemos informar o governo de que exigimos a imediata paralisação da liquidação do patrimônio nacional. Como cidadãos brasileiros, devemos exigir que os meios de comunicação se libertem da censura econômica imposta ostensivamente pelo governo. Os demais segmentos devem colocar às claras suas exigências. Calar é consentir e consentir é destruir a Nação brasileira. Todas essas exigências devem ser encaminhadas, mas nenhuma violência deve ser concretizada. Ela acabaria ferindo patriotas irmãos."
"No encerramento, porém, o alerta que exprime não apenas a indignação nacional, mas um roteiro no qual devem prestar atenção os detentores do poder:
"A data limite para o governo dar a resposta será o dia 1º de maio, quando então poderemos gritar a uma só voz para que todos possam ouvir nosso último aviso: eu tenho orgulho de ser cidadão brasileiro e não permitirei que a nossa Nação seja destruída!"

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