domingo, 26 de julho de 2009

RAÚL NO ATO DE 26 DE JULHO EM HOLGUÍN


RAÚL CASTRO NO ATO DE 26 DE JULHO

EM HOLGUÍNEvidenciou-se a capacidade de resistência, organização e solidariedade de nosso povo
HOLGUÍN — O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, general-de-exército Raúl Castro, salientou a atitude dos cubanos após a passagem de furacões devastadores em 2008 e afirmou que foram, na verdade, meses difíceis e de trabalho árduo.
Raúl acrescentou que em toda a nação se evidenciou a capacidade de resistência, organização e solidariedade do povo cubano.
“Há cada vez mais exemplos de como se deve trabalhar nestes tempos, e essa foi a atitude assumida pelos habitantes de Holguín depois da passagem do furacão Ike, e o mesmo aconteceu em toda parte, muitos companheiros foram mobilizados durante dias, longe de suas famílias, apesar de que as deles tinham sido também danificadas”, asseverou.
“Confiaram na Revolução e cumpriram as tarefas encomendadas”, enfatizou.
Raúl destacou a solidariedade demonstrada no enfrentamento aos ciclones e assinalou que isso diz muito a respeito de nosso povo, que acolheu em seus lares vizinhos, cujas casas não eram seguras diante deste tipo de fenômeno.
“É nesses valores que o povo cubano é educado, na solidariedade genuína, pois compartilha o que tem com seus irmãos, quer seja cubano, quer de outras terras, não dá o que tem demais e aqui, geralmente, nada sobra”, ressaltou.
Da mesma maneira, o povo cubano agradece a ajuda, os gestos de solidariedade e apoio recebido de diversos cantos do planeta, e reconheceu especialmente o trabalho da fundação interreligiosa Pastores pela Paz, seu líder, o reverendo Lucius Walker, os membros da 20ª Caravana da Amizade EUA-Cuba, e a brigada Venceremos, que já completou 40 anos.
“Os prejuízos dos furacões à habitação é um assunto muito sério”, apontou Raúl, e disse que apenas em Holguín foram devastadas ao redor de 125 mil, das quais foi já recuperada aproximadamente a metade.
“Em nível nacional, se acrescentarmos às moradias danificadas por estes ciclones as que foram destruídas por furacões anteriores, é no total mais de 600 mil em 2008. Por isso, adverti que se precisava de tempo para resolver esta situação”, manifestou.
“É bom salientar que até 20 de julho tinha sido resolvido 43% das casas danificadas, isto é, mais de 260 mil moradias, destacou, e disse que, apesar disso, falta muita coisa por fazer”.
É necessário evitar no futuro que se acumulem essas grandes cifras, levando em conta que os cientistas prognosticam que os furacões, por causa da mudança climática, poderiam ter maior intensidade e ser mais freqüentes.
“Além disso, o país trabalha para estar em condições de prevenir e encarar os efeitos dos recorrentes períodos de estiagem, mediante diversas medidas, entre as quais, o transvase da água de uma província para outra”, disse Raúl.
Sublinhou que Holguín tem uma grande responsabilidade, por ser uma província extensa com mais de um milhão de habitantes e com grande incidência na economia, e ratificou que a escolha desse território como sede é um prêmio ao esforço e ao trabalho realizado.
“Cumprimentamos os habitantes desta província, Miguel Canel Bermúdez, primeiro secretário do PCC na província nesse momento difícil e nos anos anteriores, que foram também de trabalho intenso, e Jorge Cuevas Ramos, o atual primeiro secretário de Holguín”, assinalou.
Felicitou também as províncias destacadas “sem deixar de reconhecer o esforço realizado por todas”, os compatriotas de Pinar del Río e da Ilha da Juventude, que se defrontaram com sérios prejuízos, assim como Camagüey e Las Tunas, particularmente os habitantes de Santa Cruz del Sur e de Guayabal, com sérios estragos e nalguns casos, com destruições quase totais.
Em sua intervenção, o segundo secretário do PCC abordou temas econômicos, as obras hidráulicas que se executam e ressaltou a necessidade de tornar a terra produtiva.
“Eis a terra e os cubanos, veremos se produzimos ou não, não temos alternativa que fazê-la produzir, assinalou referindo-se ao tema abordado há dois anos em Camagüey nesta mesma data.”
“Não podemos ficar tranqüilos se houver um só hectare sem utilizar, sem cultivar”, e enfatizou que a terra que não presta para produzir alimentos, se devem plantar árvores nela.
Raúl anunciou importantes reuniões nos próximos dias, entre as quais, uma do Conselho de Ministros para examinar o segundo corte orçamentário diante da crise financeira internacional, uma reunião plenária do Comitê Central do Partido e as sessões do Parlamento, que debaterá, entre outras questões, o projeto de lei da Controladoria Geral da República. (AIN)

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