terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dilma condena “política de estado mínimo”:
“Reação à crise só foi possível graças aos bancos públicos”
Em debate realizado nesta segunda-feira (9) pelo Diretório Nacional do PT, em Brasília, a ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que “a crise nasceu nos países desenvolvidos”. “Ela é fruto do cassino econômico e da política de estado mínimo e do mercado máximo”, sublinhou. “Todo o sistema financeiro está rigorosamente falido. Ao mesmo tempo, houve grande queda na produção mundial, de bens e serviços, e queda também violenta na oferta de empregos”.
Dilma destacou a ação do governo Lula para enfrentar a “redução do crédito internacional, a queda no comércio exterior e aumento das expectativas negativas quanto ao futuro”.
“Enfrentamos uma freada brusca, um choque violento. Entre outubro e novembro do ano passado, não entrou sequer um tostão de crédito internacional; tivemos uma queda brutal nas exportações e as expectativas negativas acabaram alimentadas por uma combinação de ganância e medo”, resumiu. Ela acrescentou que esse quadro passou a apresentar sinais de recuperação em janeiro, graças ao fato de o governo ter mudado, nos últimos seis anos, a orientação neoliberal de gestões anteriores.
“O que aconteceria conosco se tivéssemos privatizado os bancos públicos? Não fizemos isso. Ao contrário, ficamos com nossos bancos e começamos a aumentar nossa participação no mercado.
A reação, nos primeiros momentos, só foi possível porque o governo tinha quatro bancos”, comentou, lembrando do importante papel destas instituições no restabelecimento do crédito interno, na redução das taxas de juros e no incentivo ao setor produtivo.
“O governo pôde combater a crise de forma eficiente porque tinha um conjunto de projetos em andamento, uma política de valorização da presença do Estado em parceria estratégica com o setor privado. No passado, quando vinha uma crise, tínhamos arrocho salarial, corte de investimentos e criação de impostos; o país entrava em recessão e quebrava. Hoje é radicalmente diferente. O país não quebrou. Antes, éramos parte do problema; hoje somos parte da solução”, ressaltou a ministra.

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