segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Brasil abriu centro em Havana para fomentar comércio com Cuba

Brasil abriu centro em Havana para fomentar comércio com Cuba


Os presidentes de ambos os países assistiram à inauguração do primeiro escritório comercial da APEX na América Latina Sundred Suzarte Medina
• "A instalação do centro de negócios da América Latina, pertencente à Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (APEX), em Havana, poderá abrir caminho ao gigante sul-americano para tornar-se o primeiro parceiro comercial de Cuba", salientou o coordenador dessa entidade para América Latina e Caribe, Caio Cordeiro de Resende, na inauguração, em 31 de outubro passado.
Segundo o coordenador dessa organização na América Latina e no Caribe, o acordo efetuado entre os presidentes Raúl Castro, de Cuba, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, terá como objetivo prioritário facilitar o intercâmbio de negócios entre ambos os países. Esta será a primeira vez que a APEX trabalhará não apenas na promoção de exportações do Brasil à nação do Caribe, mas também nas importações desta ao gigante sul-americano.
"A idéia da APEX era ter uma representação aqui, em Havana, porque já a agência leva dois anos trabalhando fortemente na questão de exportações e investimentos neste país. Nestes últimos doze meses, nossas exportações à Ilha cresceram aproximadamente em 74%. A idéia do chanceler Celso Amorim e da Agência, é fazê-las crescer em 100%, e que o Brasil se torne o primeiro parceiro comercial de Cuba. Atualmente, ocupamos o sexto lugar".
O Brasil assinou um memorando de cooperação com o Departamento de Gestão e Avaliação de Projetos do Ministério dos Investimentos e Cooperação Econômica, assim como com o Centro de Promoção de Exportações de Cuba. Segundo o representante da APEX, "devido a essas determinações, começaremos a trabalhar em parceria na promoção de investimentos e exportações da maior das Antilhas ao Brasil, e vice-versa".
Cordeiro de Resende, que também é analista de projetos de mercados regionais, salientou a participação ativa nestes acordos do ministro do Comércio Exterior cubano, Raúl de la Nuez, assim como o interesse da Câmara do Comércio de Cuba e do Ministério de Investimento Estrangeiro e Colaboração Econômica.
Na 26ª Feira Internacional de Havana participaram representações de 30 empresas brasileiras, mas aproximadamente 70 tinham a intenção de vir.
No fechamento do terceiro trimestre de 2008, o intercâmbio comercial entre os dois países atingiu a cifra de US$482 milhões, que representa um crescimento de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior. Durante a visita do presidente Lula da Silva em janeiro último à nação caribenha, foram assinados dez acordos no setor da economia, como a extração petroleira, construção de rodovias e renovação e ampliação de créditos para a compra de produtos alimentícios e, inclusive, um projeto de cooperação para a produção de soja, desenvolvimento da indústria turística, açucareira, biotecnologia e outros. •

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