domingo, 13 de julho de 2008



Obama denuncia manipulação de setores da mídia: "É frenesi"
Matérias na mídia norte-americana dizem que Obama estaria mudando de posição "em direção ao centro". "Quem diz isso não tem prestado atenção no que eu venho afirmando", declarou o candidato democrata
O candidato do Partido Democrata à Presidência dos EUA, senador Barack Obama, repeliu afirmações veiculadas em matérias e editoriais da mídia norte-americana de que ele estaria mudando de posição "em direção ao centro".
"As pessoas que dizem isso não têm prestado atenção no que eu venho dizendo", declarou em seu pronunciamento a milhares de eleitores em um ginásio de uma escola secundarista, no subúrbio de Powder Springs, na principal cidade da Geórgia. Havia eleitores chegando com a madrugada para assegurar ingresso e assento no local onde se pronunciaria o candidato do Partido Democrata.
"É um frenesi", disse Obama sobre a manipulação da mídia. "Eu sou, sem dúvida, progressista. Acredito em muitas coisas que me tornam progressista e me colocam no campo democrata", disse o senador.
"O governo deve assumir o seu papel de controle firme sobre as instituições financeiras" e em barrar os abusos com relação a balanços e outras manobras das corporações, afirmou Obama em um encontro com eleitores em Atlanta, no dia 8. "Acredito que o papel do Estado é garantir os cuidados com saúde para todos e deve ter, junto com a responsabilidade dos pais, um papel ativo na educação".
Sobre a agressão ao Iraque, Barack Obama reafirmou: "Se olharem nossa posição, verão que é muito consistente. Estou inabalável na convicção de que [a invasão do Iraque] foi um erro estratégico e que esta guerra tem de terminar. Seria um erro estratégico ulterior continuarmos com essa ocupação sem data para acabar, do tipo que John McCain tem prometido".
"No meu primeiro dia de mandato eu chamarei os chefes do Estado-Maior, e lhes darei uma nova incumbência, que é terminar essa guerra – responsavelmente, deliberadamente, mas decisivamente".
Obama assinalou não ter "qualquer informação que contradiga a noção que podemos trazer nossas tropas de volta com segurança, à razão de uma ou duas brigadas por mês, e, de novo, que esse ritmo se traduz em termos nossas tropas de combate fora, em um prazo de 16 meses". Ele apontou que não dissera nada "que não tivesse dito antes, que não tivesse dito há um ano atrás, ou como senador dos Estados Unidos ".
"Há uma tese de que as pessoas que embarcam numa campanha eleitoral, fazem tudo por 'razões políticas'. Eu simplesmente discordo disso e assumo minhas reais posições", destacou referindo-se a acusações, vindas de MacCain e sua campanha, de inconsistência por parte dele com relação a retirada do Iraque. "Temos que ter cuidados na retirada, lembrando que não houve nenhum cuidado quando se entrou no Iraque. Temos que cuidar pela segurança de nossas tropas na retirada".
"Mas, que ninguém tenha dúvida, trarei a guerra do Iraque ao fim quando for presidente dos Estados Unidos", finalizou, sob intensos aplausos.
Obama destacou seu plano de governo de criação de legislação que proteja cidadãos levados à falência por endividamento pessoal junto a bancos (principalmente dívidas com hipotecas e para enfrentar contas com tratamento médico) e redução de juros referentes a estes fatores, para combater o que ele chamou de "arrocho sobre o povo".
"O senador McCain continuaria com a mesma política econômica que estorva a vida das famílias", denunciou.A
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Washington Post exige de Obama desistência da retirada do Iraque
Enquanto o “The New York Times” bombardeava Barack Obama, apresentando-o, ao longo de várias edições, como executor de “piruetas políticas”, “reviravoltas” e “dissimulados saltos” rumo ao “centro” - quando não “traição aos seus eleitores” -, em editorial no dia 8 passado o “Washington Post” aconselhava o candidato a “ajustar sua antiquada posição sobre o Iraque às realidades militares e estratégicas” da ocupação. Isto é, a renunciar à proposta que o levou a juntar milhões de pessoas e a ser indicado candidato democrata a Presidência - a retirada do Iraque em 16 meses após empossado.
“Na verdade” – chantageia o WP -, “Mr. Obama não tem como não atualizar sua política para o Iraque”. Prevê o jornal que, “uma vez que tenha as conversações” com os generais da ocupação, Obama terá “abundância de informação que ‘contradiz a noção’ de seu plano rígido” de retirada.
Assim, assevera o WP, “seria tolice começar uma marcha forçada para fora do Iraque”, embora encene advogar uma “possível redução” das tropas dos EUA “no próximo ano”. Claro que nem é pelo petróleo a ser roubado e menos ainda pelas bases para manter o roubo do petróleo. Mas, conforme o editorial em prol das criancinhas iraquianas e dos netinhos de Rockefeller, para evitar os “riscos de retomada do estado de guerra sectária” e a “escalada da intervenção no país pelo Irã e outros vizinhos

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